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CASOS DE SUCESSO

O uso de solos com baixas intervenções antrópicas como referência em estudos ecotoxicológicos com organismos terrestres

Introdução- Os ensaios ecotoxicológicos com organismos terrestres são recentes em relação aos aquáticos (ROMBKE e KNACKER, 2003), contudo novos estudos devem ser incentivados, dada a sua importância na complexa cadeia alimentar (EMBRAPA, 2004). Assim, objetivou-se avaliar os solos de matas em ensaios ecotoxicologicos com plantas e minhocas em relação aos controles laboratoriais.

Metodologia- Amostras de solos de matas de quatro áreas distintas (A, B, C e D) foram coletadas nos municípios de Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante-ES, na profundidade de 0 - 5cm. As amostras foram submetidas a ensaios ecotoxicológicos comLactuca sativa, Zea mays e Eisenia fetida(ABNT, 2007; ABNT, 2009). O solo utilizado como controle laboratorial nos ensaios com plantas foi coletado na região de Domingos Martins e, nos ensaios com minhocas, foi utilizado um solo artificial (ABNT, 2007). Após a exposição dos organismos aos solos, foi avaliada a biomassa das plantas (15 dias) e das minhocas (14 dias). A viabilidade dos organismos utilizados foi verificada por meio de ensaios de sensibilidade com ácido bórico. Também foram realizadas análises químicas das amostras de solos. Os dados foram submetidos à normalidade, seguidos por ANOVA e posteriormente o teste de Tukey (?= 10%).

Resultados e Discussão- Em relação àL. sativa,a biomassa produzida em solo controle laboratorial (0,0466 g/Kg) foi significativamente inferior aos solos de mata A (0.1756 g/kg), B (0.3144 g/kg), C (0.2326 g/kg) e D (0.1282 g/kg). Quanto àZ. mays,o mesmo foi observado, o controle laboratorial apresentou biomassa inferior (2.6190 g/kg) aos solos de mata A (5.0448 g/kg), B (4.7567 g/kg), C (4.3153 g/kg) e D (4.3022 g/kg). As maiores biomassas para L. sativa foram encontradas na área B, enquanto que paraZ. mayso mesmo ocorreu na área A. Todos os solos de mata apresentaram maiores concentrações de P, K, Ca, Mg e N em relação aos controles laboratoriais, fato que pode ter sido responsável pela maior biomassa das plantas, já que esses elementos estão diretamente ligados ao crescimento das mesmas (SEVERINO et al., 2006). Os resultados dos ensaios com minhocas apresentou tendência inversa, um vez que no controle artificial (1.4876 g/kg) a biomassa foi superior àquela encontradas nos solos de mata (A (0.0191 g/kg), B (-0.6091 g/kg), C (-0.8182 g/kg) e D (0.3864g/kg). Ainda, verificou-se que as minhocas perderam peso em dois solos de mata. A matéria orgânica leve (MOL) nos solos artificiais foi superior em relação aos solos de mata A (1.988 g/kg), B (1.918 g/kg), C (0.715 g/kg) e D (3.407 g/kg), explicando o resultado apresentado e corroborado por Sivakumar e Subbhuraam (2005).

Conclusão- O solo de mata apresentou-se satisfatório para utilização em ensaios ecotoxicológicos, visto que os organismos se adaptaram e desenvolveram durante os ensaios. Entretanto, são necessários estudos adicionais para avaliar as intervenções necessárias, para que os mesmos possam ter suas respostas comparáveis às amostras ambientais.

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