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13 jul 2016

Metodologia que salvou rios canadenses após rompimento de barragens já existe no Brasil

A empresa APLYSIA Soluções Ambientais apresentou os cases Obed e Mount Polley - duas minas canadenses cujas barragens de rejeitos romperam resultando em desastres semelhantes ao ocorrido com a barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana (MG). Durante o seminário "Gestão dos Riscos e Impactos Ambientais de Barragens de Rejeitos de Mineração" a diretora-técnica da APLYSIA, Tatiana Furley, revelou que as metodologias utilizadas para recuperar os rios no Canadá já existem no Brasil e foram aplicadas no rio Mangaraí, em Santa Leopoldina (ES), antes mesmo do desastre no Rio Doce.

"Como os incidentes de lá aconteceram em 2013 e 2014 e os recursos hídricos já foram revitalizados, nossa equipe viajou em maio ao país para conhecer as técnicas e os resultados destes dois casos. Ficamos surpresos ao descobrir que era o mesmo método que usamos aqui", contou Tatiana.

O evento aconteceu na tarde de quarta-feira (6) em Belo Horizonte, em parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e a ArcelorMittal, com a presença de técnicos e gestores de mineradoras, órgãos ambientais e Ministério Público. Uma das palestrantes, a canadense Kari McDonald, da Westmoreland Coal Company, gestora de 18 minas no Canadá e nos Estados Unidos, incluindo a de Obed, ressaltou que a principal mudança após o rompimento da barragem de rejeitos foi o relacionamento entre mineradoras e órgãos ambientais.

"Em três anos após o desastre, a legislação foi alterada e a principal exigência foi a transparência das operações. Hoje temos sites abertos, por exemplo, onde todos podem ter acesso às informações e isso fortalece a relação de confiança entre as partes envolvidas", destacou a gestora. Outra lição aprendida é a necessidade de ter conhecimento prévio dos rios, fundamentado em metodologia científica aplicada aos casos, destacou o Prof. Luis Felipe Hax Niencheski, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), também palestrante no evento.

Em decorrência do que foi apresentado, Kari e Tatiana visitaram na quinta-feira (7), a barragem de Fundão em Mariana, a convite do Ibama.

Fonte: Mining.com - a mine of information, e contribuição de Luiza Wernersbach.

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